quarta-feira, 29 de agosto de 2012

'Creating the Spectacle!' Online - Part 1 - Finding Freedom.

Uma artista paraplégica conseguiu fazer mergulho graças ao protótipo de uma cadeira de rodas subaquática. A performance acrobática de Sue Austin será uma das atrações da Olimpíada Cultural, evento paralelo aos Jogos Paralímpicos deste ano.

Sue Austin, artista acrobática subaquática, ficou paraplégica em 1996, conta a BBC. No entanto, Sue não quis abandonar a sua atividade, reunindo, então, todas as condições para o desenvolvimento de uma cadeira de rodas motorizada especial, com a ajuda de académicos e especialistas em mergulho.

No início, explica a artista, “os engenheiros diziam que a cadeira não funcionaria, que entraria em rotação uma vez que não é desenhada para operar na água”. Contudo, a ideia que surgiu em 2005 acabou por ganhar forma após meses a adaptar uma cadeira de rodas convencional para que flutuasse na água.

Através de dois veículos de propulsão aquática ligados por uma corda acrílica operada pelos pés, o engenho foi concluído. Para que Austin pudesse controlar o veículo, a equipa envolvida na construção modificou as chapas localizadas atrás dos calcanhares, substituindo-as por uma espécie de barbatana, permitindo à artista dirigir a cadeira dentro de água.

A performance de Sue Austin pode ser vista na cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos, que decorre esta quarta-feira, e no evento paralelo Olimpíada Cultural. A sua atuação será gravada e exibida, também, no Royal Festival Hall, em Londres, a decorrer entre 30 de Agosto e 9 de Setembro.

Fonte: Boas Notícias

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O que é o autismo?

A Portaria nº 258/2012 de 28 de agosto fixa a estrutura nuclear da Direção-Geral da Educação. Entre as unidades orgânicas nucleares encontra-se a Direção de Serviços de Educação Especial e Apoios Socioeducativos (DSEEAS). 
Para aceder à Portaria, clicar aqui.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Educação Inclusiva - Maurício de Sousa &Turma da Mônica

Helena Serra: “Os disléxicos têm ideias brilhantes, mas podem escrever porjeto”

 
A ciência explica que no cérebro de um disléxico houve uma deslocação de neurónios, com certas competências na sua área de excelência, para o outro hemisfério. Em entrevista ao EDUCARE.PT, Helena Serra, presidente da Associação Portuguesa de Dislexia (DISLEX,) desmistifica algumas ideias sobre este distúrbio.

Atualmente sabe-se qual a génese do problema: o cérebro do disléxico lê por um caminho feito pelo hemisfério direito, especializado em tudo o que são exigências visoespaciais, mas não nos sons da linguagem. Razão pela qual a dislexia não tem cura. Helena Serra, presidente da Associação Portuguesa de Dislexia (DISLEX), tem explicado isso vezes sem conta, alertando, antes, para o que é possível fazer: "Podemos treinar algumas competências, tornando o aluno mais consciente das suas falhas e armando-o de defesas muito melhores que lhe permitem ir à cautela abordar aquela palavra com determinado grafema ou fonema."

Investigadora na área da educação especial e professora coordenadora jubilada da Escola Superior de Educação de Paula Franssinetti, no Porto, Helena Serra tem dedicado pessoal e profissionalmente a sua vida à compreensão da dislexia. Autora de cadernos reeducativos pedagógicos e com um longo currículo no diagnóstico e intervenção em alunos disléxicos, tem lutado para que o sistema de ensino não comprometa os seus projetos de vida. Por indesculpável desconsideração das suas necessidades de aprendizagem: "Um disléxico não tem a mesma base neurológica de competência porque simplesmente o seu cérebro é especial. Não o podemos culpar, nem acusar de falta de trabalho, pelo contrário, estes alunos trabalham duramente."

Recentemente perdeu a batalha pela possibilidade de os alunos sinalizados com dislexia realizarem os exames nacionais com os apoios educativos previstos no seu plano educativo individual. Medidas "simples", considera a investigadora, mas que permitiriam aos disléxicos algo tão fundamental como iniciar as provas no mesmo ponto de partida dos restantes colegas. Mais tempo para efetuar o exame. Leitura de enunciados. Recurso apenas a uma prova oral ou mesmo uso de meios tecnológicos para substituir a escrita manual. E possibilidade de consulta de tabelas com fórmulas e tábuas. Eram algumas das soluções acordadas durante o ano letivo pelas equipas educativas, que acompanham os alunos disléxicos nas escolas, que o Ministério da Educação e Ciência (MEC) decidiu retirar na época de exames.

Apesar dessa derrota, Helena Serra acredita poder ainda ganhar a guerra contra o desconhecimento da problemática. E como a dislexia entrou na ordem do dia, em nome da associação que preside, pediu uma audição no MEC "para em conjunto pensar alto e partilhar saberes".

Educare.pt (E): Que razões levaram a DISLEX a pôr em causa as regras estabelecidas pelo MEC para a realização dos exames nacionais?
Helena Serra (HS):
Não podemos estar de acordo com as regras estabelecidas este ano pelos cortes que implicaram. Primeiro, no ensino básico era possível a realização de exames ao nível da escola, agora só em casos aprovados pelo júri de exames - ultra excecionais -, e não para o problema da dislexia. Segundo, indo a exame - feito ao nível de escola ou nacional -, a criança disléxica, tendo o processo formalmente organizado, tinha direito a várias medidas de adequação da sua avaliação, previstas no seu plano educativo individual (PEI), agora não. Por haver a "Ficha A", um instrumento que descreve o tipo de erros e alterações que aluno faz e informa o corretor para não os pontuar, o MEC veio dizer que os alunos disléxicos já estavam salvaguardados, mas isto significa uma grande confusão. Essa ficha, da minha autoria, foi um instrumento criado há muitos anos para os exames do 12.º ano, desceu para os do 11.º, depois o Governo adoptou-o no 9.º ano e assim por diante, à medida que os exames se foram tornando obrigatórios. Mas uma coisa é a "Ficha A", outra é o elenco de medidas de resposta, em função daquele tipo de erros, que no terreno cada equipa de educação especial vai definir para aquela criança.

E: Que tipo de medidas?
HS:
Se a criança interpreta mal, leva mais tempo a ler porque tem de o fazer duas e três vezes para conseguir apanhar o sentido. Qual é a medida que isto precisa? No PEI tem de vir dito que a criança precisa de mais tempo para o teste, porque vai usar várias leituras e isto não se compagina com o relógio e os minutos dados para a realização da prova. Outro exemplo: a criança ainda que lhe sendo dado mais tempo continua a ter dificuldades na interpretação. Qual é a medida no terreno? Leitura do texto pelo professor vigilante em voz alta. É isto que não está previsto pelo MEC. Ou seja: a criança andou apoiada no ano letivo nos testes sumativos, leram-lhe o enunciado, etc., porque o seu PEI assim exigia. E, em abril, a um mês dos exames mudam-se as regras? É contra isso que nós estamos.

E: Nas orientações fornecidas pelo MEC é dito expressamente que o aluno tem de ser capaz de autonomamente fazer o exame. Isto não será uma postura de exigência?
HS:
Acredito que haja uma postura do Governo de todo e qualquer estudante ter um nível de Português e de Matemática satisfatório ou nunca mais saímos destes insucessos e destas estatísticas vergonhosas. É uma postura de exigência e entendo que, à partida, essa ideia esteja na base destas alterações. Mas o ministro tem de aplicar a ideia a quem pode responder a ela. Os alunos disléxicos estão preparados para ler. Provavelmente um dia quando forem arquitetos vão fazer um design que outro cérebro sem dislexia não faria. Os disléxicos são mais criativos, têm ideias brilhantes, mas podem escrever a palavra projeto com u na primeira sílaba ou então escrever porjeto. Porque o seu cérebro altera-lhes as coisas deixando-os inseguros sem saber se o que escrevem está bem daquela maneira ou seria de outra.

E: As alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 3/2008 prejudicam as crianças disléxicas?
HS:
O Decreto-Lei n.º 319/91 tinha uma linguagem mais permissiva e capaz de englobar conceitos que agora não são englobados. A dislexia é uma necessidade educativa especial (NEE). A alteração introduzida pelo Decreto-Lei n.º 3/2008, que entrou em vigor a 7 de janeiro, é considerar elegível para medidas de apoio pela educação especial - por professores especializados -, crianças com alterações na sua capacidade de aprendizagem e participação muito mais significativas. Primeiro, diz a lei, de caracter permanente, mas aí não havia problema porque a dislexia é permanente. Segundo, quando a lei diz com impacto significativo na aprendizagem e da participação, também não exclui a dislexia, porque alguns casos são muito gravosos.

Qual foi mesmo o prejuízo? Excluir aquelas crianças cujo tipo de dislexia não é tão acentuado e, portanto, aprenderam a ler, com muita dificuldade, com muito atraso. E que, provavelmente até leem com alguma fluência, mas não interpretam logo o que lêem e têm de ler duas e três vezes para conseguir tomar o sentido da frase. Normalmente, também dão erros que às vezes são impensáveis para aquela idade e nível escolar.

E: Sofrer de dislexia não é só trocar algumas letras...
HS:
Alguns alunos são atingidos pela dislexia no traçado grafomotor e esse desenho da letra pode ficar ilegível. Outros encontram problemas ao nível da discalculia, embora se saiba cientificamente que há uma menor percentagem de crianças atingidas. A criança pode já ter percebido a tabuada, a divisão, a multiplicação mas não é capaz de decorar as etapas de todas essas operações, baralha tudo. E pode, inclusivamente, não ser capaz de compreender o raciocínio problemático mais elementar. Muito recentemente estive a observar uma criança do 4.º ano para tentar perceber se tinha esses raciocínios mínimos garantidos. Enunciei uma coisa deste tipo: o autocarro leva 50 crianças num passeio da escola, cada criança paga dois euros pelo bilhete, diz-me como é que tu vais obter o resultado final do total dos bilhetes. E a criança somou 50 pessoas com mais dois euros. Esta noção de soma no 4.º ano significa o raciocínio completamente desajustado.

A partir do Decreto-Lei n.º 3/2008, estes casos de dislexia de grau médio ou leve ficaram completamente sem hipótese de serem abrangidos nas medidas especializadas que as escolas podem pôr em prática. Isto significa um elevadíssimo número de crianças com NEE a precisar de apoios especializados, mas não couberam no contingente de 1,8%, 2% no máximo de alunos que os agrupamentos podem eleger para medidas de educação especial, usando a CIF. Como esta estatística exigida às equipas que trabalham nesse âmbito é muito pouca, os alunos com dislexia media ou leve são encaminhados para apoios educativos. Quando o são.

E: Os apoios educativos não surtem efeito nestas crianças?
HS:
O apoio educativo é uma estrutura de resposta que não tem serviço especializado. É evidente que não lhes vai fazer mal, mas não se estará sequer a tocar na génese do seu problema. No entanto, são estas crianças disléxicas que não ficam atingidas pela educação especial, que acabam nos apoios educativos. Que fazem o quê com elas? Naturalmente, trabalham para sistematizar conhecimentos. Mas as crianças disléxicas, prioritariamente não precisam disso. Prioritariamente têm de desenvolver pré-competências de leitura, escrita e matemática que - mesmo tendo a criança 8 ou 15 anos de idade - não estão desenvolvidas e deveriam estar adquiridas, muito antes do início das aprendizagens simbólicas [ler, escrever e calcular].

E: É essa a génese do problema?
HS:
A génese do problema de uma criança com dislexia está num menor desenvolvimento em áreas do cérebro que são consideradas pré-competências em relação às aprendizagens simbólicas. São pré-competências presentes em qualquer cérebro humano, mas no caso do disléxico algumas não se desenvolveram. Por isso, pode ter uma consciência fonológica baixíssima: não distinguir ão de ou, fe de ve, ou je de che. E, porque não tem essa habilidade - a chamada consciência fonológica - suficientemente desenvolvida no seu cérebro, quando chega à leitura a criança vê o grafema je e o che, sente-se baralhada e atira à sorte. Fica insegura e troca sons, formas e ordem das letras nas sílabas: escreve per, por pre, fla por fal. Tudo porque na base tem dificuldades de consciência fonológica e de memória sequencial. Por exemplo, não consegue perceber que no pre o e aparece em terceiro lugar, logo, o r é intermédio. O cérebro delas não traz esta competência, que em geral qualquer criança tem quando não há dislexia.

Acrescem-se, por vezes, dificuldades nas noções de espaço. As letras organizam-se no espaço numa certa estrutura. Se não existe a noção de espaço na pré-competência do cérebro, a criança vai ter dificuldade em distinguir o b do d o p do q. Mesmo que tenha 12 anos, se nos princípios da escolaridade foi tratado como um aluno qualquer, a dificuldade vai persistir. Ainda que possa ter tido apoios educativos, portanto, professores com formação genérica que vão fazer o seu melhor, mas não sabem como começar tecnicamente, não sabem avaliar as pré-competências. O apoio que dão é igual ao dado a qualquer aluno, mas no caso do disléxico não vai surtir efeito nenhum. Porque o seu cérebro precisa de ser trabalhado nestas pré-competências. Isto significa um conjunto de provas psicopedagógicas de professores especializados.

E: Isso implica uma intervenção precoce?
HS:
Costumamos defender que esta triagem deveria começar logo nos cinco anos. Embora a dislexia só se afirme na leitura, no jardim de infância pode haver sinais que as áreas do cérebro daquela criança não estão a funcionar ao nível que deviam estar, para no ano seguinte começar a leitura. Ler exige um bom processamento visual, à velocidade da luz. Porque quando os olhos tocam na palavra têm imediatamente que discernir que letra é aquela que estão a ler. Para fazer imediatamente o significado da palavra que lá está na sua linguagem.

Um cérebro impreparado, com dificuldades viso espaciais, olha para a palavra bode e pode ler dobe. Imagine-se as consequências desta troca no sentido do texto. Outro exemplo: ter a palavra prego escrita no texto, mas como o cérebro lhe faz inversões e espacialmente a criança lê pergo e como o e e o a minúsculos impressos - se virmos bem - são opostos na vertical, mas têm um traçado muito equivalente, a criança olha para a palavra prego e lê pargo. Isto resulta numa dissociação completa do sentido.

E: A dislexia afeta todo o percurso escolar de um aluno?
HS:
Pode comprometer o seu projeto de vida inteiro.

Fonte: Educare

terça-feira, 21 de agosto de 2012

SURFaddict - Associação Portuguesa de Surf Adaptado


Team Maddy Tri Allegan 2012

Rick van Beek é um exemplo de coragem e amor. O competidor de triatlo chamou a atenção  após completar uma prova inteira levando a sua filha de 13 anos, que sofre de paralisia cerebral, nos braços, pois ela "adora estar ao ar livre". O site Mail Online relata que Rick já participou de mais de 70 provas  com a sua filha, Maddy, num esforço que ficou chamado de "Equipe Maddy". Na prova de triatlo,  Rick utilizou um caiaque para a parte da prova que consistia em nadar e um carrinho na parte em que era necessário utilizar uma bicicleta. Tudo isso para se assegurar que a  sua filha estivesse ao seu lado durante todo o percurso.

Rick conta que Maddy foi diagnosticada com paralisia cerebral com apenas 2 meses e que uma das poucas coisas que ela realmente gosta é estar ao ar livre, estando na água ou sentindo o vento nos cabelos. Quando ele percebeu o quanto a sua filha estava feliz ao participar de sua primeira maratona, Rick decidiu que seria uma pessoa melhor. Largou o cigarro e começou a treinar para corridas em 2008.

Fonte: Rede TV, Notícias


Una historia de amor para el mundo


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Amigos Improváveis - Trailer Legendado


Na sequência de um acidente de parapente que o deixou tetraplégico, Philippe (François Cluzet), um aristocrata francês de meia-idade, decide contratar alguém que o apoie nas suas rotinas diárias. É então que conhece Driss (Omar Sy), um jovem senegalês de um bairro problemático, recém-saído da prisão. Driss é, segundo todas as aparências, alguém totalmente inadequado à função, porém Philippe, estabelecendo com ele um vínculo imediato, contrata-o. Assim, com o passar dos dias, aqueles dois homens com vidas tão díspares vão encontrar coisas em comum que ninguém julgaria possíveis, nascendo entre eles uma amizade que, apesar de improvável, se tornará mais profunda a cada dia.
Realizado por Olivier Nakache e Eric Toledano, uma comédia dramática baseada no livro autobiográfico "Le Second Soufflé", escrito por Philippe Pozzo di Borgo.  O dinheiro arrecadado com a venda dos direitos da adaptação do livro foram doados a uma associação de ajuda a portadores de deficiência motora. 



 Avaliação e Diagnóstico em Dificuldades Específicas de Aprendizagem - Alunos
Avaliação e Diagnóstico em Dificuldades Específicas de Aprendizagem - Alunos
Exercícios e Actividades de (Re)educação - Ensino Básico
Autora: Helena Serra
Editora: Edições ASA
 
Este volume apresenta dezenas de fichas destinadas a alunos com Dificuldades Específicas de Aprendizagem, com vista a melhorar o seu desempenho nas áreas académicas básicas e elevar o seu nível de auto-estima.
As propostas reeducativas englobam as áreas da Linguagem, Psicomotricidade, Perceptiva e Motricidade e poderão ser utilizadas quer por professores, quer por pais.
Inclui ainda actividades de reeducação nas vertentes de Leitura, Escrita e Aritmética.
"Avaliação e Diagnóstico em Dificuldades Específicas de Aprendizagem" é um auxiliar indispensável para a construção de um trabalho reeducativo empenhado, sistemático e eficaz.



Dificuldades de aprendizagem específicas


Dificuldades de aprendizagem específicas
Contributos para uma definição portuguesa

Autor: Luís de Miranda Correia

Editora: Porto Editora
 Este é o primeiro livro da coleção Impacto Educacional, cujo propósito é o de clarificar o conceito de dificuldades de aprendizagem específicas à luz da investigação mais recente.

O autor desta obra, para além de pretender chamar a atenção para uma problemática que afeta milhares de crianças, pretende chamar a atenção para um conjunto de questões adjacentes ao conceito de dificuldades de aprendizagem específicas, propondo uma definição portuguesa que poderá servir de ponto de partida para uma mudança de atitudes e de práticas educativas que venha a promover o sucesso académico, socioemocional e pessoal do aluno que apresente dificuldades de aprendizagem específicas.

Assim sendo, esta obra de Luís de Miranda Correia constitui-se como um valioso recurso para todos aqueles, profissionais de educação e pais, que desejem aprofundar os seus saberes sobre uma problemática vitalícia tão complexa.


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Olha o cérebro a dançar! E que bem o faz!»

2012-08-15
Por Ana Margarida Nunes *

Em época de festivais, a sinergia música-dança é quase total e perfeita. Raros são aqueles que ao ouvirem um pouco de música no meio de uma multidão, não sejam contagiados por um pezinho que dança. Mas há sempre alguém totalmente estático no meio de um concerto super energético. Mas isso não significa que não esteja a “dançar”. Digo “dançar” porque embora não solte o corpo, pode sentir como se o fizesse apenas por ver os outros.

* Licenciada em Biologia Microbiana e Genética pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e doutorada em Neurociências pelo King's College London em 2009.

Pode parecer estranho, mas a verdade e que existem uns neurónios especiais, chamados espelho, que funcionam exactamente como tal. “Dançar” ou “ver dançar” desencadeiam exactamente a mesma sensação. Os neurónios espelho encontram-se em várias regiões do cérebro e claro que para a dança, as regiões mais relevantes são o cortex pré-motor e o parietal, responsáveis pelo movimento e aprendizagem. Estas regiões localizam-se na parte superior central da cabeça, aquela parte que fica coberta pelo chapéu, quando nos protegemos do sol.

Ainda assim, a maior concentração destes neurónios está na área de Broca, responsável pela linguagem. Pode novamente parecer estranho, mas a verdade e que “dançar”, “ver dançar” ou “falar da dança” activam exactamente as mesmas áreas do cérebro. Interpretação em acção. Fantástico! Isto significa que estamos a dar “ginástica” ao cérebro.

O cérebro dança! E quando dança, faz exercício físico, ou seja, mantém-se saudável e activo. Como um músculo: se exercito, desenvolve; se paro, atrofia. Em linguagem técnica, a dança do cérebro corresponde à plasticidade, a um aumento da conectividade e reestruturação entre as varias regiões do cérebro. Comunicação mais eficaz entre as diferentes regiões, e o corpo responde, dançando ou não!


Vários estudos têm associado a dança a um aumento da inteligência e acuidade mental. Por exemplo, imaginemos que estamos a dançar tango. Só o facto de seguirmos o nosso companheiro, que nos conduz para movimentos inesperados, implica tomar centenas de decisões muito rápidas, na ordem dos 0.5 segundos.

Se pensarmos que por cada vez que tomamos uma decisão estamos a embarcar no desconhecido, e que citando Jean Piaget “a inteligência é aquilo que usamos quando não sabemos o que fazer”, então, ao dançar com um par, estamos a ficar mais inteligentes, mas se formos trocando de par, a nossa “ginástica mental” aumenta ainda mais! Vamos ficando mais inteligentes, durante mais tempo.

Mais uma vez, estes processos são bem mais complexos do que aqui dou a conhecer e investigações sobre o tema são ainda muito escassas. Além disso, eu apenas falei aqui de uma pequeníssima parte do que é Dançar, mas fica o meu conselho: nos festivais ou fora deles, dancem muito!

Fonte: Ciência Hoje

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Implante ocular inovador devolve visão de imediato

Implante ocular inovador devolve visão de imediato
Um implante ocular revolucionário tem potencial para devolver, de imediato e com grande simplicidade, a visão a pessoas cegas. A inovação, denominada Bio Retina, é implantada sob anestesia local e oferece ao paciente a capacidade de ver a preto e branco como num monitor de computador.
 
Para já ainda é um protótipo, mas a empresa Nano-Retina, que está a desenvolver o implante, adianta que os ensaios clínicos poderão começar já no próximo ano.
De acordo com o jornal Daily Mail, o dispositivo em questão foi especificamente concebido para doentes que sofram de degeneração macular - um problema que causa perda da visão central - relacionada com o envelhecimento, bem como de glaucoma e cataratas.
Citada pelo diário britânico, a companhia explica que este incorpora vários minúsculos componentes do tamanho da unha de uma criança.
"A implantação do dispositivo demora 30 minutos, requerendo apenas anestesia local, uma pequena incisão e a sua 'colagem' à retina danificada", esclarece a empresa. Depois do procedimento, a visão é recuperada instantaneamente, sendo o tempo de recuperação de cerca de uma semana.
Este sistema surge como algo revolucionário porque, atualmente, todos os que estão a ser estudados "exigem anestesia geral e uma operação de seis horas para implantar cirurgicamente peças de 'hardware' no olho, ligando-as entre si, ou para inserir um implante ligado a um fio que passa através do crânio do paciente", conclui a Nano-Retina.

Fonte: Boas Notícias

INVACARE STORM 4


domingo, 12 de agosto de 2012

História dos Jogos Paralímpicos


A história do desporto das pessoas portadoras de deficiência teve início na cidade de Aylesbury, na Inglaterra. A pedido do governo britânico, o neurologista Ludwig Guttmann, que fugira da perseguição aos judeus na Alemanha nazista, criou o Centro Nacional de Lesionados Medulares do Hospital de Stoke Mandeville, destinado a tratar soldados do exército inglês feridos na Segunda Guerra Mundial. Embora já se promovessem atividades desportivas para portadores de deficiência, principalmente na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Alemanha, foi em 1948 que este conceito ganhou carácter oficial, com a realização dos Jogos de Stoke Mandeville. Os médicos de Aylesbury começavam a adotar, definitivamente, a prática sistemática do desporto como parte essencial da reabilitação médica e social dos pacientes. A realização dos Jogos, que contaram com a participação de 16 atletas veteranos de guerra, coincidiu com a disputa, em Londres, da XIV Olimpíada. O próprio Guttmann organizou o evento em Stoke Mandeville, demonstrando seu desejo de que um dia os atletas portadores de deficiência tivessem a  sua olimpíada. O sonho olímpico de Guttmann viria a concretizar-se  em 1960, em Roma.  O seu colega Antonio Maglio, diretor do Centro de Lesionados Medulares de Ostia, na Itália, propôs que os Jogos Internacionais de Stoke Mandeville se realizassem naquele ano na capital italiana, imediatamente após a XVI Olimpíada, e nas mesmas instalações. Os Jogos Paralímpicos, com a denominação de Olimpíadas dos Portadores de Deficiência reuniram 400 desportistas em cadeira de rodas, de 23 países. A competição teve todo o apoio das autoridades italianas. O Papa João XXIII recebeu os participantes em audiência privada e elogiou o trabalho de Guttmann. Desde então, com as exceções provocadas por problemas administrativos de países anfitriões, os Jogos Paraolímpicos realizam-se na mesma cidade e nas mesmas instalações dos Jogos Olímpicos.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Démonstration d'écriture par les yeux

Um grupo de seis pessoas conseguiu escrever com os olhos através de um processo de formação e aprendizagem que lhes permitiu usar os movimentos musculares dos olhos para escrever no ecrã de um computador e, assim, comunicar.
Segundo a notícia avançada pelo jornal espanhol ABC, o sistema descrito no Jornal Current Biology não se baseia na inserção de um chip qualquer nem nada parecido no cérebro. De acordo com Jean Lorenceau, investigador da Universidade Pierre e Marie Curie, em França, através de um simples processo de aprendizagem, aprende-se uma série de truques para que o mecanismo dos olhos neuromusculares faça algo que normalmente é impossível: “Produzir voluntariamente movimentos oculares suaves em direcções arbitrárias”.
“Ao contrário do que se acreditava, estes resultados demonstram que se pode ter um controlo completo e voluntário para fazer movimentos suaves com os olhos”, afirma Jean Lorenceau. Para o cientista, esta descoberta também fornece uma ferramenta para que através de movimentos suaves dos olhos, estas pessoas possam algum dia chegar a desenhar, escrever ou assinar.


Fonte: Ciência Hoje

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Blog do Departamento de Educação Especial do agrupamento de escolas Nun'Álvares, Arrentela, Seixal. Pretende ser um espaço de divulgação e de troca de ideias. Professora responsável pela sua criação e administração: Anabela Leite

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