sexta-feira, 29 de março de 2013

O pré-escolar

 
A alfabetização pressupõe o domínio da leitura e da escrita, mas esse domínio é na verdade a meta de um longo processo. Para que uma criança seja alfabetizada, é preciso que ela passe antes por uma série de etapas no seu desenvolvimento, tornando-se então preparada para a aquisição da leitura e da escrita. Essas etapas fazem parte da chamada "fase pré-escolar". No "pré-escolar” a criança deve apresentar um bom desenvolvimento motor e dominância lateral definida. Isso significa que ela deve brincar muito, exercitar-se através de jogos e brincadeiras que estimulem as perceções sensoriais (gustativa, olfativa, visual, tátil, e auditiva). Deve dominar os seus movimentos corporais com habilidade e segurança, deve conhecer o seu corpo, os seus limites, ter postura, equilíbrio, reflexos e raciocínio lógico bem desenvolvidos. Por isso a importância das  brincadeiras de rua, de jogar à bola, andar de bicicleta, brincar com areia, nadar, correr, saltar, etc. Isso é o que chamamos de coordenação motora global. O próximo passo, é o desenvolvimento da coordenação motora fina. A criança desenvolve-se nesse sentido quando desenha ou pinta com todos os tipos de lápis, pincéis, quando usa tesouras ou quando pinta com os próprios dedos. Quando rasga, amassa ou pica papéis, quando brinca com jogos de encaixar e montar, enfim, são atividades que apelam mais ao uso das mãos, associadas ao raciocínio, à perceção sensorial e à concentração.
 Também são pré-requisitos importantes o desenvolvimento da capacidade de concentração, o desenvolvimento da memória e do raciocínio lógico e abstrato. Estes podem ser estimulados com brinquedos e programas educativos, músicas, histórias, filmes infantis, livros, conversas informais, e tantos outros recursos.
Toda e qualquer atividade estimulam o cérebro, e quanto mais estimulado, melhor é o desempenho da criança em todo o processo de aprendizagem.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Perceção Visual


 
 A perceção visual refere-se à capacidade do cérebro de fazer sentido ao que os olhos vêem.  Boas habilidades percetivas visuais são necessárias para a leitura e escrita, recortar, desenhar, completar problemas de matemática, bem como muitas outras tarefas. Uma criança que tem problemas com o processamento ao nível da perceção visual pode ter dificuldade em trabalhar com quebra-cabeças, copiar desenhos de blocos ou formas, discriminar imagens ou letras, ver as diferenças e as semelhanças nas formas, cores, tamanhos, posições, orientações. Isso pode levar a problemas na leitura, escrita e na soletração.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Cerca de metade das crianças com paralisia cerebral estão desnutridas

Ler aqui.

Há mais casos de paralisia cerebral nas pequenas e nas grandes maternidades

Ler aqui.


Pais sensibilizam empresas para capacidades de jovens com trissomia 21

Ler aqui.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Aniversário do João



Sem a Paula, o Sérgio, a Biló e o Ani, demos os parabéns ao nosso João. Eles ficaram em casa porque não houve carrinha adaptada.

Desabafo

No meio de uma conversa interessante com um dos meus alunos, do 5ºano, sobre currículo, testes, provas e exames,  ele disse-me: «os adultos (referia-se aos professores e ao MEC) têm de compreender que somos crianças. É muita pressão!»

Anabela Leite
Ontem à tarde

quinta-feira, 14 de março de 2013

Páscoa Docemente Reciclada



  Poderíamos aqui dissertar sobre os efeitos das atividades expressivas no desenvolvimento das crianças e jovens em geral e, sobre os nossos alunos em particular. São conhecidos os efeitos ao nível do desenvolvimento psicomotor, cognitivo, afetivo-emocional e da comunicação. Mas, não queremos aborrecer as nossas"visitas". Deixamos algumas imagens do que foi possível fazer com materiais que reaproveitamos. Talvez estas imagens não mostrem as emoções que sentimos (nós e eles) quando nos envolvemos "nisto"...

Treino de boccia



                                       




 

Pela primeira vez, a nossa Carlota (Biló) participou no treino de boccia. O Carlos Teixeira , da escola de boccia do Núcleo de Paralisia Cerebral Almada-Seixal, trouxe uma calha para que ela pudesse jogar. Foi algo memorável!

terça-feira, 12 de março de 2013


É fácil! A professora e as assistentes operacionais levam os meninos e as cadeiras de rodas ao colo, até ao 1º andar onde se localiza a sala da UMD do 1º ciclo. Fazem-no de manhã quando chegam, fazem-no para vir ao refeitório para o almoço,  no R/C, fazem-no à tarde no final das aulas.
 
 
Nota I: o elevador está mesmo avariado desde a passada 6ª feira. Vá, força meninas!

Nota II: quem me conhece um pouco, em termos profissionais,  constata que me foco não na limitação mas no potencial, não no negativo mas no positivo. Como "administradora" deste blog, procuro sempre "postar" os casos de sucesso que nos podem inspirar, as atividades coloridas,  a alegria e os sorrisos dos nossos alunos...   Por isso, poderia ignorar "isto". Mas, é também  "isto" que me faz soltar um grito ( o que vale é que não me  estão a ouvir...).
          
 
Anabela Leite

segunda-feira, 11 de março de 2013

Tipos de NEE

NEE LIGEIRAS

As NEE ligeiras são aquelas em que a adaptação do currículo escolar é parcial e se realiza de acordo com as características do aluno, num determinado momento do seu percurso escolar. Geralmente, podem manifestar-se como problemas ligeiros na leitura, escrita ou matemática ou como problemas ligeiros, atrasos ou perturbações menos graves ao nível do desenvolvimento motor, percetivo, linguístico ou socioemocional. A resposta educativa a estas problemáticas geralmente exige uma modificação parcial do currículo escolar e/ou dos ambientes onde o aluno se move, adaptando-os às características do aluno, num determinado momento do seu desenvolvimento e percurso educacional.

NEE SIGNIFICATIVAS

As NEE significativas são aquelas em que a adequação/adaptação do currículo é generalizada, numa ou mais áreas académicas e/ou socioemocional, e objeto de avaliação sistemática, dinâmica e sequencial de acordo com os progressos do aluno no seu percurso escolar. Neste grupo, encontramos as crianças e adolescentes cujas alterações significativas no seu desenvolvimento foram provocadas, na sua essência, por problemas orgânicos, funcionais e, ainda, por défices socioculturais e económicos graves. Abrangem, portanto, problemas do foro sensorial, intelectual, processológico (problemas no processamento de informação), físico, emocional e quaisquer outros problemas ligados ao desenvolvimento e à saúde do indivíduo. De acordo com o exposto, encontramos um conjunto de categorias específicas, todas elas relacionadas com um possível insucesso escolar e/ou socioemocional da criança ou adolescente que nelas se enquadre. Elas incluem, por ordem decrescente das suas prevalências: • as dificuldades de aprendizagem específicas • os problemas de comunicação • os problemas intelectuais (deficiência mental) • as perturbações emocionais e do comportamento • a multideficiência • a deficiência auditiva • os problemas motores • os problemas de saúde • a deficiência visual • as perturbações do espectro do autismo • a surdo-cegueira • o traumatismo craniano.
 
Fonte: Instituto Português da Dislexia e outras Necessidades Educativas Especiais

sexta-feira, 8 de março de 2013

Disability inclusive development agenda towards 2015 & beyond

Aceder à Consulta Online em português para uma agenda de desenvolvimento inclusivo das questões relativas à deficiência, para além de 2015, parte do processo preparatório para a reunião de altas autoridades das Nações Unidas sobre deficiência e desenvolvimento, aqui.

Treino de boccia


Engenheiros biomédicos da Universidade do Minho desenvolvem sistema que converte cadeira de rodas manual em elétrica

Ver aqui.


Crianças com dislexia ouvem sons de forma diferente

Ler aqui.


Rugby adaptado

Ler aqui.


Desporto adaptado: Ainda existem muitas pedras no caminho

Ler aqui.

Mergulhar com uma cadeira de rodas

quarta-feira, 6 de março de 2013

A palavra aos alunos



Quando sair desta escola vou ter saudades dos professores, das assistentes operacionais e dos colegas, dos momentos de convívio que passámos juntos. Agradeço à professora Filomena Benildes por ter conseguido uma forma de eu conhecer “Os Anjos”. Nunca esquecerei esse dia. Obrigado aos senhores da carrinha (adaptada) por terem sido sempre muito simpáticos e meus amigos. O que mais gostei nesta escola? De tudo. As atividades realizadas foram divertidas.

Gosto muito de vocês todos e vou ter saudades.

Paula Nunes

Colegas - Trailer oficial HD


Bora lá escrever?

Se eu fosse um animal seria...

Seria um golfinho porque andava no mar, não me preocupava com as coisas, conhecia outros mares e outros países.                                                                                                                                             
Liliana Pires, 8ºB

Seria um cão, porque gosto muito de cães. São meigos e espertos.
                            
Andreia Sousa, 8ºA
 
Seria um leão, pela força que tem, por ser um corpulento, enérgico e, por ser considerado o rei da selva.
 
                                                                                                          Miguel Seixas, 8ºC
 
Seria um elefante porque é grande e impõe respeito.
 
David Santos, 8ºC


sexta-feira, 1 de março de 2013

Aniversário da Solange


Palavras de mãe





   Considero que o Sérgio gosta de andar na escola porque vive pensando na escola. De manhã tem pressa para ir para a escola, gosta muito dos professores, das assistentes operacionais e dos colegas. Ele recebe muito carinho na escola e quando chega, de manhã, é sempre uma festa!
  O que mais me preocupa é, quando ele tiver dezoito anos, ter de deixar de frequentar a escola. Isso deixa-me triste e, às vezes, tento não pensar nisso, a escola é onde ele se sente bem, é o mundo dele.
   Sou muito grata aos professores e às assistentes operacionais porque eu sei que ele é muito feliz na escola, e a felicidade dele é a minha também.
Obrigada.
 
Gilce Barros, mãe do Sérgio.


Atividades práticas


Necessidades Educativas Especiais


  O conceito de necessidades educativas especiais (NEE) surge como resposta ao princípio da progressiva democratização das sociedades, refletindo, hoje em dia, os princípios que a filosofia da inclusão prescreve. Pretende-se, assim, chegar a uma igualdade de direitos, nomeadamente no que respeita à não discriminação, tendo por base as caraterísticas intelectuais, sensoriais, físicas e socioemocionais das crianças e adolescentes em idade escolar.

  O professor Luís de Miranda Correia refere-se a este conceito, afirmando que ele se aplica a crianças e adolescentes com problemas sensoriais, físicos e de saúde, intelectuais e emocionais e, também, com dificuldades de aprendizagem específicas (problemas no processamento de informação) derivadas de fatores orgânicos ou ambientais, definindo-o da forma seguinte:

Os alunos com necessidades educativas especiais são aqueles que, por exibirem determinadas condições específicas, podem necessitar de apoios e serviços de educação especial durante todo ou parte do seu percurso escolar, de forma a facilitar o seu desenvolvimento académico, pessoal e socioemocional.

Por condições específicas entendem-se os problemas que se inserem nas seguintes categorias:
i) Autismo, surdo-cegueira, deficiência auditiva (impedimento auditivo), deficiência visual (impedimento visual), deficiência mental (problemas intelectuais), problemas motores graves, perturbações emocionais e do comportamento graves, dificuldades de aprendizagem específicas, problemas de comunicação, traumatismo craniano, multideficiência e problemas de  saúde.
ii) As condições específicas, sempre que necessário, devem ser alvo de uma avaliação compreensiva, feita por uma equipa multidisciplinar.
Por serviços de educação especial entende-se:

iii) O conjunto de recursos que prestam serviços de apoio especializados, do foro académico, terapêutico, psicológico, social e clínico, destinados a responder às necessidades especiais do aluno com base nas suas características e com o fim de maximizar o seu potencial
Tais serviços devem efetuar-se, sempre que possível, na classe regular e devem ter por fim a prevenção, redução ou supressão da problemática do aluno, seja ela do foro mental, físico ou emocional e/ou a modificação dos ambientes de aprendizagem para que ele possa receber uma educação apropriada às suas capacidades e necessidades.


Para este professor, o conceito de NEE abrange crianças e adolescentes com aprendizagens atípicas, isto é, que têm dificuldade em acompanhar o currículo normal, sendo necessário, na maioria dos casos, proceder-se a adequações/adaptações curriculares, mais ou menos generalizadas, e a recorrer-se, tantas vezes, a serviços e apoios especializados tendo sempre presente as capacidades e necessidades dessas mesmas crianças e adolescentes.




Fonte: Instituto Português de Dislexia e Outras Necessidades Especiais

Arquivo do blogue

Acerca de mim

Blog do Departamento de Educação Especial do agrupamento de escolas Nun'Álvares, Arrentela, Seixal. Pretende ser um espaço de divulgação e de troca de ideias. Professora responsável pela sua criação e administração: Anabela Leite

Número total de visualizações de páginas

Seguidores